Em 1929, iniciou-se a chamada Grande Depressão, que ficou conhecida como a pior crise da história do capitalismo. A crise foi mundial, mas teve como epicentro os Estados Unidos. Em resposta à recessão, em 1933, o então presidente americano, Franklin Delano Roosevelt, lançou um programa de recuperação econômica com investimentos públicos chamado New Deal. O programa previa um conjunto de investimentos em infraestrutura, com obras para a construção de pontes, estradas, escolas, hospitais, portos, aeroportos, represas, hidrelétricas, parques, bibliotecas, entre outros.
O Green New Deal, apresentado nos EUA em 2019, tem fortes inspirações no New Deal original, mas considera que uma das mais importantes preocupações da atualidade é o meio ambiente. Diferentemente do que ocorreu na década de 1930, os investimentos públicos hoje seriam destinados a atividades econômicas sustentáveis, com o propósito de reduzir o uso de combustíveis fósseis e a emissão de gases nocivos à atmosfera que hoje causam o aquecimento global.
O Green New Deal é uma proposta de autoria de dois membros do Partido Democrata e representantes do Congresso dos EUA: a deputada por Nova York Alexandria Ocasio-Cortez e o senador por Massachusset Edward John Markey. O marco legal foi tema de debates acalorados entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos. Enquanto o democrata Joe Biden considerava a iniciativa necessária para a salvação planetária, Donald Trump afirmou tratar-se de um plano de socialismo verde que restringiria viagens de avião. Neste texto, apresentamos seis pontos que ajudam a compreender a proposta.