Diferente das fontes de energia renováveis intermitentes, como solar e eólica, a bioenergia moderna1 (excluindo o uso de biomassa tradicional) é a maior fonte para o suprimento global de energia renovável, fornecendo 50% do consumo final de todas as fontes renováveis de energia no mundo2. Desse total, mais de 70% é proveniente de biocombustível sólido, principalmente wood pellets fuel (pellets de madeira), utilizado para aquecimento e eletricidade; seguido do etanol e biodiesel (biocombustíveis líquidos) utilizados no setor de transporte, e em menor proporção, o biogás (biocombustível gasoso) usado para aquecimento e eletricidade. Com o Acordo de Paris (COP-21)3, a redução das emissões de gases de efeito estufa exigirá um aumento substancial de biocombustíveis. Devido às condições climáticas do solo e restrições à disponibilidade de terra, muitos países não produzirão volumes suficientes de biomassa para abastecer o mercado global de bioenergia. Nesse contexto, países tropicais como o Brasil poderão se tornar cada vez mais relevantes no futuro próximo, onde o biocombustível será vital para nos aproximar de um sistema de energia sustentável.