O castigo corporal, ou o uso de força física com a intenção de causar dor a uma criança para tentar corrigir ou controlar seu comportamento, é uma prática comum em todo o mundo. Estimativas recentes indicam que 2 em cada 3 crianças em países de baixa e média renda são espancadas, feridas com objetos ou expostas a outras formas de castigos corporais. Além disso, cerca da metade dos adultos em 52 países pesquisados pela World Values Survey afirma que considera justificável que os pais punam corporalmente seus filhos. Da mesma forma, em vários países do mundo, mais de 1 em cada 3 pais e cuidadores acreditam que, para criar ou educar uma criança adequadamente, ela precisa ser punida corporalmente, de acordo com pesquisa do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Apesar da ampla aceitação social do castigo corporal, a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança o declarou uma violação de direitos. Além disso, organizações sem fins lucrativos e entidades profissionais em todo o mundo, incluindo o Unicef e a Academia Americana de Pediatria, exigiram a abolição dos castigos corporais. Mas o que diz a ciência sobre esses castigos? Devemos nos preocupar com o fato de tantos pais os usarem ou aprovarem seu uso?