A alimentação escolar é considerada a mais antiga política pública de alimentação e nutrição ainda vigente no Brasil. Foi institucionalizada enquanto programa público em 1955 e é uma ferramenta fundamental para o combate à fome, a garantia do direito humano à alimentação e nutrição adequadas e o alcance da segurança alimentar e nutricional.
Os objetivos e diretrizes do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) apontam na direção da promoção da saúde dos escolares a partir da contribuição para o seu crescimento e desenvolvimento biopsicossocial, aprendizagem e formação de hábitos alimentares saudáveis, além da promoção do desenvolvimento rural, pela determinação da aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos localmente e preferencialmente da agricultura familiar, priorizando as comunidades tradicionais indígenas e quilombolas. Esses elementos são fundamentais para evidenciar a importante contribuição da política pública em termos de articulação entre a educação, a saúde e a agricultura.
Observar o percurso histórico da alimentação escolar no Brasil é fundamental para compreender as disputas existentes nesse campo e a importância do controle social para que haja conquistas e avanços em prol de uma alimentação adequada e saudável para o público atendido pelo programa. Neste sentido, o Pnae representa uma ferramenta de grande interesse social por sua promoção da segurança e da soberania alimentar no Brasil.