Nas últimas décadas, o sistema de ensino superior passou por transformações relacionadas à criação de ações afirmativas e à ampliação do acesso de estudantes de escolas públicas, de baixa renda, pretos, pardos e indígenas aos cursos de graduação. Apesar de ser usualmente associada à reserva de vagas ou cotas, a expressão ação afirmativa pode referir-se a uma série de políticas e iniciativas que promovem direitos civis, políticos e culturais aos mais variados grupos sociais que são ou foram objeto de discriminação.
As ações afirmativas ingressaram na agenda governamental no final dos anos de 1990, em razão de debates sobre o papel da educação e das diferenças entre brancos e não brancos no processo de mobilidade social. Após longos e intensos debates, em 2012, a criação de cotas raciais e sociais foi considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal e, em seguida, o Congresso Nacional aprovou a lei n. 12.711/2012, que reserva vagas nas instituições federais de ensino superior e técnico.