A biodiversidade desempenha um papel importantíssimo na economia mundial. É provedora de alimentos, energia, vestuário, celulose, cosméticos e fármacos. As espécies são consideradas recursos genéticos quando utilizadas com a finalidade comercial.
Desde 1992, com a aprovação da Convenção sobre Diversidade Biológica, o domínio dos recursos genéticos deixou de ser um bem comum da humanidade e passou a ser propriedade do país onde as espécies ocorrem naturalmente. O principal marco regulatório desse tema é o Protocolo de Nagoya, aprovado em 2010.
Para ser membro do protocolo, os países devem criar suas regulamentações nacionais de acesso aos recursos genéticos. Por tocar em temas como o uso comercial de espécies nativas e o conhecimento de populações indígenas e tradicionais, a legislação local é de suma importância para trazer segurança jurídica e pavimentar a exploração sustentável e justa da biodiversidade. Entretanto, no Brasil o processo de regulamentação está emperrado há 19 anos.