O aumento da demanda energética no Brasil ocorreu concomitantemente com o período de industrialização do país, em meados do século 20. Ao longo da segunda metade do século, a energia tornou-se peça-chave da economia. Como consequência, os esforços da administração pública voltaram-se para a centralização do planejamento energético nacional, com a criação de empresas estatais e o desenvolvimento de megaprojetos de infraestrutura. Datam desse período, por exemplo, a fundação da Petrobras (1953) e da Eletrobras (1962).
Um grande marco histórico do setor energético brasileiro foi a construção da usina de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia, que é parte brasileira, parte paraguaia. Igualmente importante foi a política de promoção do etanol iniciada na década de 1970, que, além de contribuir para a segurança energética nacional, conferiu ao país o pioneirismo na produção de biocombustíveis em grande escala. Mais recentemente, a descoberta de recursos de petróleo na camada do pré-sal alçou o Brasil ao grupo dos grandes produtores mundiais de óleo e gás. A magnitude das reservas existentes traz expectativas para o desenvolvimento nacional e desafios para seu uso.
A disponibilidade de fontes de energia em um país é muito importante para seu desenvolvimento econômico. No caso do Brasil, a abundância de recursos naturais traz muitas possibilidades para a geração de energia. A utilização estratégica desses ativos pode ser muito benéfica para o país do ponto de vista social, econômico e ambiental.
Em 2019, a participação das fontes renováveis na matriz energética nacional chegou a 46,1%, patamar muito superior ao restante do mundo, inferior a 20%. A cana-de-açúcar e seus derivados são a fonte de maior participação dentre as renováveis (18%), seguidos pelas hidrelétricas (12,4%). Por outro lado, o petróleo e seus derivados ainda exercem um importante papel na matriz energética nacional, ocupando 34,4% de participação.