
FOTO: Gabriel Jabur/Agência Brasília
O regime de colaboração é considerado uma estratégia fundamental na definição de ações e prioridades na educação. Entenda o conceito
A redemocratização trouxe importantes mudanças no cenário nacional, entre elas a definição de competências concorrentes e comuns entre os entes federados na educação. De modo a viabilizar a implementação de tais competências, a Constituição de 1988 apresentou a principal novidade do federalismo educacional: a proposta do regime de colaboração...
O Brasil é uma federação, e essa forma de organização político-administrativa afeta diretamente a definição e a implementação das políticas educacionais. Os sistemas estaduais e municipais de educação são responsáveis pela aprendizagem de estudantes de todo o Brasil...
Na literatura e legislação brasileira é possível encontrar colaboração e cooperação, utilizados ora como complementares, ora como equivalentes. Apesar de seu objetivo ser o mesmo — promover maior coordenação no cenário educacional —, há uma pequena diferença de natureza legal entre eles. Na Constituição Federal de 1988, encontramos os contextos em que esses termos são utilizados:
Entre estados e municípios: ambos, conjuntamente, podem construir políticas, considerando o estudante como pertencente a um único território e promovendo intensa colaboração na indução de mecanismos e instrumentos que fortaleçam a aprendizagem...
ABRUCIO, F; SEGATTO, C. Os múltiplos papéis dos governos estaduais na política educacional brasileira: os casos do Ceará, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Pará. In Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro. Nov./Dez. 2018
ABRUCIO, F.; WEBER, M. Cooperação intermunicipal: experiências de Arranjos de Desenvolvimento de Educação no Brasil. Curitiba: Positivo, 2017.
BRASIL. Constituição (1988)...
Fernanda Castro Marques é mestre e doutoranda em administração pública e governo pela FGV-Eaesp. Pesquisa o tema de educação sob perspectiva do federalismo educacional, regime de colaboração e governança federativa. Atualmente, é coordenadora da área de gestão de conhecimento e produção de conteúdo no Movimento Colabora Educação. É pesquisadora convidada do CPTE (Centro de Pesquisa Transdisciplinar em Educação) do Instituto Unibanco.
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